Meia noite, dia das bruxas, véspera do dia de todos os santos, momento em que o sobrenatural reina na terra dos vivos, assim reza a lenda.

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Por meio da literatura é possível perceber o fascínio que o sobrenatural exerce na mente humana. Por tanto nada mais adequado nessa noite do que falar sobre histórias de suspense e terror, mas precisamente sobre vampiros.

“Gosto deste tipo de livro, pois faz com que nós leitores entremos completamente na história, sentindo na pele toda a aventura que o livro traz. Além de o final ser sempre inesperado”, conta a estudante Samille Rodrigues Sérgio.

Alguns bonzinhos outros maus, mas todos charmosos e cativantes. Essas criaturas noturnas e místicas, parecem ter se tornado um fenômeno no meio literário desde o lançamento do filme Crepúsculo, baseado na obra publicada em 2005 pela escritora Stephenie Meyer. Porém está não é à primeira vez que o tema foi abordado em um livro, na verdade existem diversos contos sobre o assunto.

Em 1897, o escritor irlandês, Abraham "Bram" Stoker, criou um dos mais conhecidos contos de vampiros da literatura, o “Drácula”, que deu início ao mito literário moderno do vampiro. Desde então, histórias e autores novos têm surgido aos milhares, todos falando sobre o mesmo tema. Na verdade, existem tantas versões do mito quanto existem usos do conceito.

Para representar a leva de escritores sobre o assunto, ninguém mais apropriado do que Anne Rice, considerada uma autoridade em seres sobrenaturais na literatura clássica de terror. Em seus livros, os vampiros são descritos como seres elegantes, sedutores e atormentados pela sua condição.

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A autora norte-americana é conhecida pela criação da série “Crônicas Vampirescas”, composta de dez livros. Sendo um deles “Entrevista com o Vampiro”, sua obra de maior sucesso, adaptada para o cinema em 1994. Nessa mesma série, Rice também criou o personagem Lestat de Lioncourt, um dos vampiros mais famosos da literatura.

“Os vampiros são uma lenda de muito tempo e se tornaram um enigma para todos, eles são fantásticos, pois ao mesmo tempo em que são sedutores são assassinos e misteriosos e é isso que mais me chama atenção nestes livros” comenta Samille.

História do Dia das Bruxas

Há 2.500 anos, nas terras da Grã-Bretanha, vivia um povo conhecido como “Os Celtas”. Uma de suas crenças era de que no último dia do verão (31 de Outubro), os espíritos saiam de suas tumbas para tomar posse dos vivos. Então para afugentá-los eram colocados em suas casas objetos assustadores, como caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros.

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Porém, durante a Idade Média, esse ritual foi considerado como uma festa pagã, e, portanto condenado pela Igreja. Com o objetivo de apaziguar a situação nos territórios pagãos, recém conquistados no noroeste da Europa, O Papa Gregório III decidiu cristianizar a festa, criando o Dia de Finados (2 de Novembro), ou o dia de todos os santos.  Assim, em 31 de Outubro os pagãos comemoravam o dia das bruxas, e dois dias depois prestavam homenagens aos santos falecidos.

Atualmente, o Halloween ou Dia das Bruxas é conhecido como um evento tradicional e cultural, que ocorre principalmente nos países anglo-saxônicos, com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido. Onde a data é comemorada com festas à fantasia e crianças vestidas de monstros, fantasmas, bruxas e etc, indo de porta em porta, dizendo “doces ou travessuras”.

Saiba mais sobre a origem do Halloween no site Brasil Escola.
Um bom livro de ficção envolve, entretém e até mesmo emociona o leitor, deixando sempre, ao final da leitura, aquela sensação de que algo se modificou, para melhor. Mas entre tantas obras de autores renomados em uma livraria, a decisão de qual escolher se torna uma tarefa difícil.

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Para isso muitos contam com a opinião de amigos, criticas de especialistas ou da Imprensa, além de pesquisas realizadas no mercado literário. Numa tentativa de descobrir quais os livros mais vendidos, e consequentemente os mais lidos, a revista Veja realizou uma pesquisa, no mês de outubro, em 37 cidades e na Internet, junto a 69 livrarias.

No topo da lista se encontra “O Querido John” de Nicholas Sparks. Para o escritor americano já é praticamente uma tradição ter seus livros entre os mais vendidos, considerados como best-sellers, seus romances não apenas encantam como comovem milhões ao redor do mundo.  Em 2010, agradando a leitores e telespectadores, tanto “Querido John” quanto o livro “A Última Música” foram adaptados para o cinema.

A estudante Samille Rodrigues Sérgio de 16 anos ganhou de presente o livro “O Querido John” e decidiu lê-lo por indicação de amigas e também por seu autor ser o mesmo de “Um amor para Recordar”. Ela ainda conta que se interessou em ler o livro “A Última Música”, por se tratar do mesmo autor.

Vander Andrade, estudante de jornalismo também leu o livro por indicação de uma amiga, e parece não ter se arrependido. “Muito bom o livro, eu e uma amiga, estávamos em casa quando ela disse que tinha baixado o filme para vermos, mas ele veio sem áudio, e aí outro dia passeando pelo shopping encontrei o livro em uma loja, achei o preço bacana, a capa bonita e então comprei”, diz Vander.

No entanto, um dos livros mais comentados dessa lista tem sido “A Cabana” de William Young, que através do entusiasmo e da indicação dos leitores, se tornou um fenômeno de público, com mais de dois milhões de exemplares vendidos.

“É FANTÁSTICO! Minha ex-chefe recomendou e eu comprei. Acredite muitos dos meus conceitos sobre a vida mudaram depois de ler esse livro. Recomendo demais”, conta a estudante de jornalismo, Giovana Cremasco.

“É muito tocante os fatos que se passam em toda história. Você se sente personagem mesmo não tendo vivenciado o que é relatado. Digo que ao ler esse livro mudei minha forma de ver a vida e as pessoas, muitos podem dizer que todo mundo fala isso, que é bobagem, mas é preciso ler esse livro de coração aberto para entender o que eu digo”, comenta Aline Cirilo, estudante de Publicidade e Propaganda.

Já a série infanto-juvenil “Percy Jackson e os Olimpianos” do escritor Rick Riordan, composta por seis livros, parece ter dominado a lista dos mais vendidos no mercado literário. Estando três deles entre os 10 mais e outros três entre os 20 mais vendidos. Sendo que, em 2010 foi lançado nos cinemas o filme “Percy Jackson e o Ladrão de Raios”, inspirado no primeiro volume da série.

Ocupando o quinto lugar está o nacional “Elite da Tropa 2”, lançado um pouco antes da sua adaptação para o cinema, que parece estar sendo um sucesso de vendas tanto nas livrarias quanto nas bilheterias. Enquanto que, o livro Queda de Gigantes, primeiro volume da trilogia “O Século” do consagrado autor Ken Follett é o sétimo entre os mais vendidos. E com uma história épica repleta de lutas, magia, romance e suspense, o livro “A Batalha do Apocalipse” do brasileiro Eduardo Spohr se mantém em nono lugar. Seguido do romance envolto em suspense, “Fallen” da autora Lauren Kate.

Estes são os 10 livros mais vendidos no mercado literário, muitos são aqueles que foram tocados pela leitura dessas obras, e aqueles que ainda não tiveram esse prazer, provavelmente, já estão a sua procura nas livrarias.

O clássico da literatura espanhola, “Dom Quixote de La Mancha”, do escritor Miguel de Cervantes está agora disponível em formato digital e interativo no site da Biblioteca Nacional da Espanha (BNE).


A versão interativa da obra proporciona ao leitor a sensação de estar lendo um livro real, enquanto folheia as páginas é possível até mesmo ouvir o som delas ao serem viradas, e se preferir pode ouvir também músicas da época ao fundo.

Além disso, o site disponibiliza vários outros conteúdos que ajudam a contextualizar a leitura, como um mapa de rotas, com os itinerários das viagens de Dom Quixote.

Assim como uma cronologia de fatos relativos à obra e seu autor, análises das relações da obra com outros livros de heróis cavaleirescos, e uma galeria de ilustrações dos personagens do clássico e dos momentos mais importantes da história.

O projeto é resultado do trabalho de bibliotecários, especialistas em arte e literatura da época, designers gráficos e programadores. Tendo como coordenadora Pepa Michel Rodrigues, diretora da Biblioteca Digital e Sistemas de Informação da BNE.

No total foram digitalizadas 1282 páginas dos exemplares das edições de 1605 e 1615 da obra, além de 165 ilustrações e mapas, 21 obras relacionadas, 37 capas e contracapas e 13 faixas de música.

Leitura Online

Uma iniciativa parecida com essa foi posta em prática, no mês passado, pela Real Academia Espanhola (RAE) e o YouTube que criaram a primeira leitura global de Dom Quixote na internet, com a participação de pessoas do mundo inteiro.

O YouTube inaugurou o “Canal Quixote”, onde qualquer usuário pode se inscrever para participar da leitura de uma das partes do livro, que foi dividido em 2,1 mil trechos. Cada um dos participantes recebe um desses trechos, em espanhol, para ler, gravar e em seguida postar no site.



O Livro

ilustração de Gustave Doré
“Em um lugar da região da Mancha, cujo nome não quero lembrar…” Assim inicia o livro Dom Quixote de La Mancha do escritor espanhol Miguel de Cervantes y Saavedra. Composto por 126 capítulos, a obra é dividida em duas partes, tendo sua primeira edição publicada, em Madri, no ano de 1605 e a outra em 1615.

O livro surgiu em um período de grande inovação e diversidade por parte dos escritores ficcionistas espanhóis. Parodiou os romances de cavalaria que eram muito populares no período e, na altura, já se encontravam em declínio.

Em maio de 2002, o romance foi escolhido como a melhor obra de ficção de todos os tempos. A pesquisa foi organizada pelos editores dos Clubes do Livro Noruegueses como parte de uma campanha para promover a leitura de clássicos. E teve como participantes cerca de 100 autores, de reconhecimento internacional, de 54 países.

A versão interativa do livro de Cervantes está disponível no site Quijote Interactivo, e sua leitura global no canal El Quijote.
“El Sueño del Celta”, o novo livro do escritor peruano Mario Vargas Llosa será lançado nas livrarias no dia 3 de novembro com uma primeira tiragem digna do último Nobel de Literatura, 250 mil exemplares na Espanha e em diversos países da América.


Em Madri, a gráfica responsável pelo livro tem trabalhado a mil por hora a fim de liberar a tempo, para as livrarias, suas 460 páginas que narram à história do diplomata irlandês Roger Casement e sua denúncia dos abusos do colonialismo ocidental no Congo belga e na Amazônia.

Segundo Pilar Reyes, diretora da editora Alfaguara, o original de 138.923 palavras foi entregue por Vargas Llosa no último mês de junho, praticamente pronto para imprimir. Porém alguns trabalhos precisaram ser interrompidos no dia 7 de outubro para incluir, com orgulho, na capa, a menção "Prêmio Nobel de Literatura 2010", além de praticamente duplicar o número de sua tiragem, que sem o Prêmio teria sido de 110 mil exemplares.

Entretanto, graças ao "efeito Nobel" e à proximidade do Natal, a editora Alfaguara acredita que 250 mil exemplares talvez não sejam suficientes. "Estou certa de que reimprimiremos muito", prevê Pilar Reyes. No Brasil, o livro está previsto para ser lançado em 2011 com o título "O Sonho do Celta".

O Prêmio

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Na manhã de quinta-feira, 07 de outubro, o escritor Mario Vargas Llosa foi anunciado pela Academia Sueca em Estocolmo, como o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2010, avaliado em 10 milhões de coroas.

Para Llosa foi uma grande surpresa, tanto que ao receber a ligação anunciando o prêmio, lembrou-se de um trote recebido pelo escritor italiano Alberto Moravia, e acreditou também tratar-se de uma brincadeira. No entanto, a voz do outro lado da linha afirmou que, em 14 minutos, a notícia seria oficial. “Foram 14 minutos de ansiedade”, disse o escritor.

Segundo os organizadores do Nobel, a escolha foi motivada pela "cartografia das estruturas do poder e suas afiadas imagens da resistência, rebelião e derrota" que são demonstradas nas obras de Llosa, como "Pantaleão e as Visitadoras" e "Travessuras da Menina Má".

O autor nasceu no Peru em 28 de março de 1936 e obteve a nacionalidade espanhola em 1993, sem renunciar à nacionalidade peruana, três anos depois de ser derrotado nas eleições presidenciais do país. Além do Nobel, ele também venceu, entre outros, o Prêmio Cervantes, o mais importante da literatura em língua espanhola, em 1994.

Para saber mais sobre o escritor e suas obras, consulte o seu site oficial, em espanhol.
O Menino Maluquinho, personagem do escritor Ziraldo, completa neste domingo 30 anos, um aniversário que compartilha com seu autor que faz nesta mesma data 78 anos.


Em sua 100ª edição, o livro do personagem é considerado um dos maiores fenômenos editorias da literatura infantil, tendo mais de 2,5 milhões de exemplares vendidos. A obra conta as histórias e invenções de uma criança alegre, sapeca e “maluquinha”, que vive com uma panela na cabeça. 

O autor

Nascido em 24 de outubro de 1932, em Caratinga, Ziraldo Alves Pinto, escritor, jornalista e cartunista mineiro, iniciou sua carreira nos anos 50 em jornais e revistas de expressão. Porém foi apenas nos anos 60 que alcançou a fama, com o lançamento da primeira revista em quadrinhos brasileira feita por um só autor, “A Turma do Pererê”.

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Durante a Ditadura Militar o autor fundou com outros humoristas o jornal “O Pasquim”. E a partir de 1979 passou a concentrar-se na produção de livros infantis, lançando em 1980 “O Menino Maluquinho”. Livro que já foi traduzido para diversos idiomas servindo de inspiração para histórias em quadrinhos, peça teatral, ópera infantil, videogame, cinema e uma série de TV.

Conheça mais detalhes sobre o Menino Maluquinho e seu autor visitando o site do Ziraldo.
As obras pertencentes à coleção do escritor e poeta português Fernando Pessoa estão agora disponíveis online, possibilitando não apenas sua leitura, como também o seu download grátis.
Até o momento as obras do escritor permaneciam devidamente preservadas numa cave, à qual o público não tem acesso, na Casa Fernando Pessoa, um centro cultural criado em homenagem ao autor. Mas recentemente, em parceria com a Fundação Vodafone, o centro decidiu tornar público o seu acervo por meio da internet.

A digitalização de cada uma das páginas foi realizada por uma equipe internacional de investigadores coordenada por Jerónimo Pizarro, Patrício Ferrari e Antonio Cardiello.

Considerada como a primeira biblioteca portuguesa a ser integralmente digitalizada, ela conta com 1.140 livros, além de manuscritos, ensaios e poemas, anotados pelo próprio autor nas margens de algumas das páginas dos seus livros.

Para tornar mais fácil a pesquisa no acervo, a biblioteca digital também irá dispor de consulta por obra, ano ou ordem alfabética, tendo ainda uma classificação por categorias temáticas.

“Procuramos tornar acessível e simples a compreensão da biblioteca no seu todo e a consulta de cada livro. Destacamos as páginas que incluem manuscritos do próprio Pessoa - ensaios e poemas. Trata-se de uma biblioteca aberta ao infinito da interpretação”, explica Inês Pedrosa, diretora da instituição Vodafone, em nota à Imprensa.

Se quiser conferir a biblioteca, basta acessar o site da Casa Fernando Pessoa.
O governo de Israel e o Google fizeram uma parceria para disponibilizar os Manuscritos do Mar Morto na internet, permitindo a estudiosos e ao público em geral acesso grátis aos documentos.

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Ao todo, são mais de 30 mil fragmentos que devido á sua fragilidade são mantidos em ambientes controlados. Se um pesquisador quiser ter acesso a eles só poderá removê-los por algumas horas, para evitar a deterioração do material.

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O método escolhido para digitalizar os documentos foi desenvolvido pela NASA e permite uma qualidade até mesmo melhor do que a visualização real. Pois graças à luz infravermelha utilizada, será possível visualizar coisas que já haviam sido apagadas pelo tempo. E assim que as imagens ficarem prontas será a vez da equipe do Google, que além de colocar o manuscrito online, também serão responsáveis por traduzir os textos.

Segundo o representante da Israel Antiquities Authority, Pnina Shor, o projeto assegurará a preservação dos originais, além de ampliar o acesso aos valiosos documentos, que incluem os fragmentos da bíblia hebraica.

Um achado Arqueológico

No deserto de Israel, em tempos históricos conhecido como parte da Judeia, por mera obra do acaso, um grupo de pastores de cabras descobre em 11 cavernas próximas de Qumran, uma fortaleza a noroeste do Mar Morto, alguns jarros de barro que continham os Manuscritos do Mar Morto.

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Considerada como uma das maiores descobertas arqueológicas do século, a coleção de cerca de 970 documentos possui mais de dois mil anos, tendo sido escrita entre o século III a.C. e o século I d.C., em Hebraico, Aramaico e Grego. A maior parte dos textos consiste em pergaminhos, sendo uma pequena parcela de papiros e um deles gravado em cobre.

Os manuscritos contêm pelo menos um fragmento de todos os livros das escrituras hebraicas, exceto o livro de Ester. Além de conter regras da comunidade, escritos apócrifos, filactérios, calendários e outros documentos. Sendo assim classificados em três grupos: escritos bíblicos e comentários, textos apócrifos e literatura de Qumran.

Sua importância reside no fato de serem mil anos mais antigos do que os registros do Velho Testamento, e por oferecerem uma vasta documentação inédita sobre o período em que foram escritos, revelando aspectos desconhecidos do contexto político e religioso nos tempos do nascimento do Cristianismo e do judaísmo rabínico.

Afinal, quem escreveu?

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Com base em referências cruzadas com outros documentos históricos, a autoria dos manuscritos é atribuída aos essênios, uma seita judaica que viveu na região da descoberta e guarda semelhanças com as práticas identificadas nos textos encontradas.

No entanto, o termo "essênio", não é encontrado em nenhum dos manuscritos. O que deixa margem para dúvidas em relação à sua autoria.

Segundo os especialistas, a comunidade de Qumran era formada provavelmente por homens, que viviam voluntariamente no deserto, em uma rotina de rigorosos hábitos, opunham-se à religiosidade sacerdotal e esperavam a vinda de um messias.

Se quiser conhecer melhor a história dos Manuscritos do Mar Morto consulte esse site.
A escritora J.K. Rowling, autora da premiada série de livros Harry Potter, recebeu nesta terça-feira o prêmio Hans Christian Andersen de Literatura, em Odense na Dinamarca, cidade natal do autor.

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O prêmio, que existe desde 1956, é concedido a cada dois anos pela International Board on Books for Young People (IBBY) para escritores e ilustradores vivos, que podem ser comparados a Hans Christian Andersen, escritor dinamarquês, nascido em 1805, que escreveu cerca de 160 contos de fadas e poemas até a sua morte em 1875. Ele consiste de uma medalha de ouro, avaliada em mais de US$ 93 mil, que é entregue pela rainha Margarida II da Dinamarca, patrona do prêmio.

A escritora britânica, Joanne Kathleen Rowling, conhecida como J. K. Rowling é considerada a mulher mais influente do Reino Unido, pelos principais editores de revistas do país. Seus livros, sobre o famoso bruxinho, foram traduzidos em dezenas de idiomas, venderam mais de 400 milhões de exemplares pelo mundo, e renderam à autora cerca de 1 bilhão de dólares, segundo estimativa da Forbes em fevereiro de 2004.  


Durante a premiação, Rowling disse que Andersen “criou personagens eternos e indestrutíveis” e que o autor reconheceu que obras para crianças não devem ser “brandas ou sentimentais ou ainda desprovidas de desafios”.

Para aqueles que não conhecem, Hans Christian Andersen foi um poeta e escritor dinamarquês, que escreveu peças de teatro, canções patrióticas, contos, histórias, e, principalmente, contos de fadas, pelos quais se tornou mundialmente conhecido como o precursor da literatura infantil. 


E graças à sua contribuição para a literatura infanto-juvenil, na data de seu nascimento, 02 de abril, comemora-se o Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil.

Entre os diversos contos de Andersen alguns dos mais conhecidos são “O Patinho Feio”, “A Pequena Sereia”, “A Roupa Nova do Rei”, “A Princesa e a Ervilha”, “A Pequena Vendedora de Fósforos”, e “A Polegarzinha”.
Tem inicio a 2ª edição do Concurso de Melhor Capa de Livro, organizado pela Getty Images, que irá selecionar o melhor trabalho de design na criação de capas literárias. 


O concurso é valido para todos os profissionais da área de design gráfico, capistas ilustradores ou editoras que tenham criado capas de livros a partir de imagens pertencentes ao acervo da Getty Images, editadas no Brasil, em 2010.

As inscrições são gratuitas, e devem ser feitas até 31 de dezembro de 2010, mediante o envio da capa em arquivo digital, com alta resolução, para o e-mail do concurso, junto com o código das imagens da Getty Images utilizadas. Além do envio de uma ficha técnica contendo o nome da obra, da Editora, a data de publicação e o nome do Capista.

O vencedor do Concurso será premiado com um troféu e uma filmadora digital GZ-MG630 HDD da JVC. E a editora responsável pelo livro receberá uma placa comemorativa durante o evento de premiação a ser realizado em fevereiro de 2011. O segundo e o terceiro lugar receberão, além de um troféu do concurso, um HD Expasion Portable Drive 500GB Seagate e um porta retrato digital, respectivamente.

O Júri

As capas serão avaliadas por um júri composto por profissionais renomados do mercado editorial e publicitário. Entre eles já estão confirmados o designer Victor Burton, criador de mais de 2.500 capas de livros e considerado pelo mercado como o melhor capista brasileiro; Lucia Riff, agente literária e fundadora da Agência Riff, que trabalha como co-agente para importantes editoras e agências literárias estrangeiras, além de ser representante de muitos autores brasileiros; Marcos Augusto Gonçalves, editor de opinião do jornal Folha de S. Paulo; e Javier Talavera, diretor de arte e criação da Agência Leo Burnett Brasil. Outros nomes de jurados deverão ser confirmados nos próximos meses.

Sobre a Getty Images

Para aqueles que não conhecem, a Getty Images Brasil é uma agência responsável pela criação e distribuição de conteúdo visual e produtos multimídia, que atende a clientes em mais de 100 países.

Sendo uma das empresas à qual vários profissionais da área de criação e mídia recorrem para encontrar, adquirir e gerenciar imagens e outros conteúdos digitais, que aparecem com frequência em trabalhos publicados nos jornais, revistas, campanhas publicitárias, filmes, programas de televisão, livros e web sites do mundo todo.

Portanto aqueles que participarem do concurso poderão ter seu trabalho e seu nome amplamente divulgado no mercado.

Vencedor de 2009 - Design: Rodrigo Rodrigues de Azevedo
Todas as informações sobre o concurso e o regulamento estão disponíveis no site da Getty Images.
Quando se entra em uma livraria com estantes cheias de livros, antes mesmo de poder tocá-los, ou se quer ler sua sinopse, já é possível ter uma ideia de qual livro escolher ou não. Isso se deve graças aquela superfície que recobre o conteúdo do livro, comumente chamada de capa.

bookstore Shakespeare & Co in Paris. Photo by Toshio Kishiyama Flickr.com
“A capa é muito importante, pois é ela que atrai o leitor e de certa forma o induz a comprar o livro”, comenta o Geógrafo e estudante de Jornalismo Edinilsom de Sousa Matias.

Como registro humano da escrita, o livro usou diversos suportes ao longo da história, como casco ou pele de animais, papiro, pergaminho e tábuas de madeira tratadas com cera. Até surgir a encadernação por meio das capas que conhecemos hoje.

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Essa superfície que tem a função de incorporar atributos, identificar, proteger, unificar e
personalizar um livro, agora passou também a comunicar e seduzir o leitor.

“A capa do livro é o "cartão de visitas dele", uma capa bem projetada, com uma imagem que transpareça bem o assunto tratado no livro pode ser considerada como 30% da decisão do leitor em se interessar por aquela obra. Agora é claro que toda regra tem exceção e não se julga "o livro pela capa...", afirma o Designer Gráfico Rodrigo Cristiano Alves.

De fato nem todos julgam um livro pela capa, como é o caso da Relações Públicas e graduanda  em Jornalismo, Eliana Silva Leite. “Eu acho mais importante a orelha e a contra capa do livro, onde fica a sinopse. Olho a capa rapidamente, analiso o título e vou direto para as orelhas e contra capa”, diz a RP.

No entanto, o estudante de Engenharia Sanitária e Ambiental, Hudson Soares de Souza, já tem uma outra opinião. “É importante sim. Porque é a capa que expressa o conteúdo do livro, e pra quem não lê a sinopse, ela é essencial”, complementa.

A Criação

Na verdade, a capa não é um produto em si, trata-se de um componente externo do livro, pois de um amontoado de textos a um projeto gráfico planejado, ele percorre um longo caminho até chegar às prateleiras, o que inclui revisão de texto, composição e paginação do livro, além da confecção da capa, entre outras.

Design de Yulia Brodskaya
A atividade projetual que dá forma ao livro é  o Design Gráfico, um processo técnico e criativo que utiliza imagens e textos para comunicar mensagens, ideias e conceitos.

O profissional responsável por esta tarefa é o Designer Gráfico. É ele quem idealiza e elabora o projeto, usando todos os recursos tecnológicos a sua disposição, além da criatividade.

O Designer Gráfico Rodrigo Cristiano Alves, também especialista em História da Arte e em Ensino de Artes Visuais, em sua profissão desenvolveu o projeto gráfico de vários livros.

“O processo de criação começa com a identificação do público alvo (ou do leitor do livro), e temos de avaliar variáveis como: o livro terá imagens? Gráficos? Qual a melhor tipografia para este projeto, o melhor papel a ser usado... Isso tudo influência na construção do projeto do livro. Tendo isso em vista normalmente fazemos pesquisas de outros livros da mesma temática e fazemos um "rascunho" de como será o projeto no papel e separamos as imagens e textos. O resto é só montar em um programa gráfico de editoração”, conta Rodrigo.

A tipografia (do grego typos — "forma" — e graphein — "escrita") é a arte e o processo de criação na composição de um texto, física ou digitalmente. Assim como no Design Gráfico em geral, o objetivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e forma à ao projeto gráfico.

Design de Yulia Brodskaya
“A tipografia é um elemento poderoso do design, pois além de transmitir de forma direta mensagens (com os textos propriamente ditos) a tipografia através do desenho do seu tipo e da composição visual do arranjo das letras e das palavras, transmite infinitas mensagens imagéticas para o observador/expectador”, explica Rodrigo ao falar sobre as particularidades dessa atividade em relação a outros campos do Design Gráfico.

É interessante observar como às vezes, quando se está com um livro em mãos, encantado pelo seu design e envolvido em sua leitura, nem sequer imagina-se que ele teve de passar por todo esse processo para chegar até as estantes de uma livraria. E principalmente o quão importante e persuasiva uma capa pode ser para o livro e para o leitor.

Se quiser saber mais sobre Tipografia ou conhecer um pouco mais sobre a profissão de Designer Gráfico consulte o site Typographia ou confira essa reportagem.