A bela cidade de Cartagena das Índias, na Colômbia, se torna palco hoje de um dos principais eventos culturais da América do Sul, o “Hay Festival”.


Em sua 11ª edição, o evento, que acontece até o dia 31 de janeiro, contará com a presença de 150 convidados de todo o mundo, que irão participar de inúmeros eventos, com o objetivo de promover a literatura local e internacional, a educação, o desenvolvimento, e o intercâmbio cultural.

Imagina El Mundo

Mais uma vez com o tema “Imagine um Mundo Melhor”, o festival irá reunir alguns dos mais renomados escritores, intelectuais e artistas de diversos países para discutir os mais variados assuntos, como a literatura, o jornalismo, a politica, a poesia, a economia, a ciência, a arte, o cinema, a música, e muitos outros.

Sendo que, entre os autores convidados estarão o francês Marc Levy, o alemão Uwe Timm, o argentino Patricio Pron, a brasileira Luciana Savaget, o mexicano Luis Urrea, o suíço Peter Stamm, o colombiano Juan Gabriel Vásquez, os portugueses Gonçalo M. Tavares e Afonso Cruz, assim como a britânica Jessie Burton, autora do bestseller mundial “O Miniaturista” (The Miniaturist), e o venezuelano Alberto Barrera Tyzka, vencedor do Prêmio Tusquets de Literatura 2015.

Além do economista francês Thomas Piketty, autor da obra “O Capital no Século XXI”, do historiador israelense Yuval Harari Noah, da dramaturga, romancista e poeta inglesa Debora Levy, além do médico mexicano Arnoldo Kraus, da historiadora, filósofa e jornalista colombiana Diana Uribe, do acadêmico, escritor e crítico de arte britânico Simon Schama, e da ilustradora espanhola Ana Sainz Quesada, mais conhecida como Anapurna.

Também estão confirmados no evento o cantor Draco Rosa (Porto Rico), a pianista Marcela Roggeri (Argentina), a atriz Emma Suárez (Espanha), o cineasta Stephen Frears (Reino Unido), o diretor Ciro Guerra (Colômbia), o designer gráfico e ilustrador Richard McGuire (EUA), o ilustrador Rafael Yockteng (Peru), e os jornalistas Olivier Weber (França), Marie Arana (Peru), Jon Lee Anderson (EUA), Johann Hari (Reino Unido), Jorge Lanata (Argentina) e Alma Guillermoprieto (México), entre muitos outros.

O Festival

Assim, durante quatro dias, o festival contará com uma programação cultural atraente e diversificada, com direito a palestras, lançamentos de livros, exposições, exibição de filmes, apresentações artísticas, e muito mais.

Sendo que, nesta edição, o Hay Festival contará com uma série de eventos para celebrar o legado dos renomados autores Miguel de Cervantes Saavedra e William Shakespeare, em seu 400º aniversário de morte. Além de prestar tributo ao cantor David Bowie, falecido em janeiro deste ano.

Sem falar, na homenagem especial aos renomados autores Gabriel García Márquez e Mario Vargas Llosa, no evento “Vargas Llosa vs. García Márquez”, onde o espanhol J. J. Armas Marcelo, autor de “Vargas Llosa – El Vicio de Escribir”, e o colombiano Conrado Zuluaga, uma autoridade em Garcia Márquez, irão falar sobre a vida e obra dos dois prêmios Nobel da América Latina.

O festival também contará com um espaço dedicado ao público infantil, o tradicional “Hay Festivalito”, promovido pela Fundación Plan. Além de fornecer ingressos gratuitos para os estudantes, que poderão participar do “Hay Joven”, um programa de eventos exclusivo para universitários.

O Hay Festival é um evento cultural, que ocorre, anualmente, em várias cidades pelo mundo em diferentes datas, promovendo um encontro de mentes de inúmeros países para compartilhar histórias e discutir sobre diversos temas da atualidade.

Saiba mais no site oficial do evento, e confira os vídeos e fotos das edições anteriores no site memorial do Hay Festival Cartagena.
Estão abertas as inscrições para a edição 2016 do Prêmio Sesc de Literatura, que tem como objetivo revelar novos talentos e promover a literatura nacional.


O concurso irá premiar obras inéditas nas categorias “Conto” e “Romance”, destinadas ao público adulto. Sendo aberto a autores brasileiros e estrangeiros, maiores de 18 anos, residentes no Brasil.

Inscrições

Assim como na edição anterior, a inscrição será totalmente online, sendo que o livro também deverá ser enviado (em formato Word 2007 em diante) pelo site oficial do concurso. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até o dia 12 de fevereiro.

Cada concorrente poderá participar com apenas uma obra em cada categoria, que deve ser inédita, escrita em língua portuguesa e corresponder à formatação determinada no edital do concurso. As obras devem ter ainda entre 180 e 600 mil caracteres, caso seja um Romance, e 140 a 400 mil caracteres, caso seja um Conto.

O candidato também deverá adotar um pseudônimo, não podendo assinar a obra com o nome verdadeiro. A inscrição irá gerar um código identificador automaticamente e, com esse, o inscrito poderá acompanhar o processo de avaliação.

Premiação

As obras inscritas serão avaliadas por uma Comissão Julgadora formada por escritores, jornalistas, especialistas em literatura e críticos literários, indicados pelo SESC. Sendo que o resultado será divulgado em junho de 2016, com a cerimônia de premiação prevista para o mês de novembro.

O vencedor de cada categoria terá sua obra publicada e distribuída comercialmente pela editora Record, com uma tiragem inicial de dois mil exemplares, e irá receber os direitos autorais correspondentes à comercialização nas livrarias. Além de ter seus livros distribuídos para toda a rede de bibliotecas e salas de leitura do SESC e SENAC em todo o país e para escritores, críticos literários e formadores de opinião.

A Comissão Julgadora irá ainda conceder menção honrosa a três candidatos de cada categoria, que receberão um certificado emitido pelo SESC, atestando a qualidade da obra para possível análise e publicação no mercado editorial.

Saiba mais sobre o Prêmio SESC de Literatura no site oficial do concurso.
"A Estrada em frente vai seguindo                                                                                                Deixando a porta onde começa.                                                                                                    Agora longe já vai indo,                                                                                                                    Devo seguir, nada me impeça;                                                                                                         Em seu encalço vão meus pés,                                                                                                               Até a junção com a grande estrada,                                                                                                     De muitas sendas através.                                                                                                                        Que vem depois? Não sei mais nada."
                                            - Bilbo Bolseiro (A Sociedade do Anel de J.R.R. Tolkien)

A editora Zahar lança, oficialmente, hoje a edição de luxo comentada e ilustrada da obra-prima do romancista francês Alexandre Dumas, “O Conde de Monte Cristo”.


Com 1376 páginas, o livro, publicado originalmente em maio de 1897, volta às livrarias como parte da coleção “Clássicos Zahar”, agora em volume único, que narra a emocionante história de Edmond Dantés, uma trama de tirar o fôlego repleta de aventura, romance, traições, vingança, tesouros escondidos, e muita ação.

Considerado um dos maiores clássicos da literatura mundial, “O Conde de Monte Cristo” de Alexandre Dumas (1802-1870) foi traduzido para os mais diversos idiomas, inspirou inúmeros autores, além de várias adaptações tanto para as telas do cinema e da TV quanto para os palcos do teatro.

Já essa edição possui texto integral com tradução, vencedora do Prêmio Jabuti, de André Telles e Rodrigo Lacerda, assim como mais de 500 notas explicativas e 170 gravuras de época, além de apresentação e cronologia da vida e obra do autor. Sendo que, a versão impressa apresenta uma belíssima edição em capa dura e acabamento de luxo.
Nesta terça-feira, a página inicial do site de buscas, Google, exibe seu mais novo Doodle, uma homenagem aos 388 anos do autor e poeta francês, Charles Perrault, conhecido como o pai dos Contos de Fadas.


Nascido na Paris de 1628, uns duzentos anos antes dos irmãos Grimm, Perrault foi o primeiro autor a pôr no papel as tradicionais histórias contadas entre as damas dos salões parisienses, criando assim o gênero “conto de fadas”, um movimento sem precedentes na época, que fez de Perrault um pioneiro na arte de contar histórias.

O autor

Charles Perrault viveu em plena Paris do século XVII, membro da alta burguesia francesa, formou-se em Direito, aos vinte e três anos, e em 1654 tornou-se conselheiro na corte do Rei Luís XIV.

Contemporâneo do poeta e fabulista Jean de La Fontaine, Perrault também foi membro da Academia Francesa de Letras, em 1671. No entanto, foi apenas quando se aposentou, aos 67 anos, que o autor passou a se dedicar à literatura.

Assim, em 1695, o escritor começou a registrar as histórias que ouvia de sua mãe e que faziam parte do folclore francês no livro “Histórias ou contos do tempo passado com moralidades”, popularmente conhecido como “Contos da Mamãe Gansa” (Les Contes de ma Mère l'Oye).

Uma coletânea, que reunia alguns dos mais populares contos de fadas como “Chapeuzinho Vermelho” (Le Petit Chaperon) rouge), “A Bela Adormecida” (La Belle au bois dormant), “Cinderela” ou “A Gata Borralheira” (Cendrillon ou la petite pantoufle de verre), e “O Pequeno Polegar” (Le Petit Poucet). Além de algumas histórias não tão conhecidas como “Pele de Asno” (Peau d'Âne) e “Barba Azul” (La Barbe bleue), entre muitas outras.

Todas escritas num tom sombrio e até mesmo macabro, sendo sempre encerradas com a “moral da história”, escrita em forma de poesia, e destinada a levar o leitor a refletir sobre os dilemas enfrentados pelo protagonista na história.


O livro, publicado pela primeira vez em 11 de janeiro de 1697, acabou se tornando um enorme sucesso, sendo traduzido para os mais diversos idiomas, e conquistando inúmeros fãs ao longo dos anos. Além de ter suas histórias adaptadas para os mais diversos meios, como o teatro, a TV e o cinema. O que, de certa forma, fez com que um pouco do tom sombrio dos contos originais de Perrault se perdesse, por não ser considerado muito apropriado para as crianças.

Charles Perrault faleceu em 16 de maio de 1703 na cidade de Paris, deixando como legado algumas das mais encantadoras histórias, que inspiraram inúmeros autores e permanecem até os dias atuais na memória dos fãs e na história da literatura infantil.

Uma homenagem especial

Para celebrar a data de hoje, o Google criou um Doodle com ilustrações de três dos mais famosos contos de fadas do autor, os clássicos “Cinderela” (Cendrillon), “A Bela Adormecida” (La Belle au bois dormant), e o “Gato de Botas” (Le Maître chat ou le Chat botté).


Para aqueles que não sabem, o doodle é o nome dado aos logos comemorativos do Google, utilizados para celebrar feriados, aniversários e as vidas de personalidades e artistas famosos. Sendo que estes são desenvolvidos por uma equipe de 30 pessoas, designers e engenheiros, chamados de Doodlers.

Um deles é a designer Sophie Diao, uma fã de contos de fadas e também responsável pela criação do doodle de hoje. Trabalhando a mais de dois anos e meio na Mountain View, sede do Google, a artista, de 23 anos, estudou no Instituto de Artes da Califórnia, tendo trabalhado em empresas como Dreamworks, Disney e Cartoon Network.

“Sempre fui uma grande fã de contos de fadas e queria muito trabalhar neste projeto”, disse Diao em entrevista ao jornal Le Huffington Post. A designer fala ainda um pouco sobre o processo de criação do doodle em honra a Charles Perrault. “Comecei pesquisando sobre a sua vida e obra, e relendo os seus contos. Depois trabalhei com o responsável local dos doodles em França para obter documentação e informações. Ele também me ajudou a traduzir o conteúdo.”

Saiba mais sobre o autor e seu doodle no site Techtudo.